Estava eu lá remexendo no meu fotolog antigo, pois o assunto veio à baila durante a Páscoa e rolou uma saudadezinha. Pois acessei o bendito depois de tanto tempo longe, reli várias coisas que escrevi, e a saudadezinha passou bem rápido, ahaoiah! Era um chororô de adolescente emocore que eu vou te contar, hoje em dia é engraçado demais. Será que a vida vai ser sempre assim, e daqui a alguns anos eu vou rir dos posts daqui? Sei lá! O que interessa é que eu achei uma série de textos que eu nem lembrava que existia, onde eu descrevo em detalhes os clientes que passavam no meu caixa quando eu trabalhava no Angeloni. E eu ri pra caralho relendo, que vidinha tragicômica que eu tinha! Vou simplesmente ter que repostar aqui. Mil desculpas pra meus leitores fiéis que já leram na época do fotolog, pulem esses posts e leiam os outros! Vou dividir em partes porque o baguio é nervoso. Aí vai a parte 1 de 5:
Cliente Caipira - São aqueles pobres diabos que vêm ao Angeloni [na cidade grande] pela primeira vez [oriundos de Gaspar e Ilhota, geralmente]. Eles perguntam aonde estão as coisas no mercado, têm MEDO da esteira rolante ou ficam brincando pateticamente com ela, sentem-se ofendidos quando você solicita o cartão Angeloni ["maz eu kero pagá em dinhero!" - "senhor, o cartão é só para pontuar as compras" - "bahhh esses ponto não valem de nada"], têm centenas de crias ranhentas e pedem "sacola reforçada porque vão andar 6 quilômetro a pé". Desses, sinto pena, apesar de várias vezes me levarem à exasperação. Gostaria que todos voltassem pra roça e continuassem a fazer compras na quitanda.
Cliente Noob - Aquele que não sabe de nada. Pergunta se as verduras são pesadas no caixa, pergunta o dia da fatura do cartão, pergunta como é que se usa o cartão, pergunta pra quantos dias fica o cheque, pergunta se não tem ninguém pra ajudar a ensacolar, pergunta até que horas fica aberto, pergunta como se pronuncia meu nome, enfim, é um PORRE. Gostaria que todos ficassem de lado ou perambulando pelo mercado, olhando as pessoas normais e espertas fazerem compras, pra ver se aprendem alguma coisa.
Cliente Autista - Estaciona o carrinho, mas antes pergunta se o caixa vai fechar [mesmo que eu esteja com a luz acesa, portão aberto e sentado no caixa com a cara mais óbvia de venham-a-mim-clientes-amados. Não responde ao boa-tarde/noite. Joga o cartão na esteira. Coloca os produtos todos amontoados. Ensacola-os todos antes de efetuar o pagamento, seguindo um padrão absurdo conhecido apenas por ele mesmo ["não não, esse leite de coco não pode ir junto com o molho de tomate. é melhor aqui com a ração do cachorro"]. Na hora de pagar, usa cartão de débito e cobre o teclado com as mãos para que NINGUÉM veja sua senha. Confere a nota fiscal ITEM POR ITEM, soma o valor, conforma-se e vai embora sem responder ao meu "obrigado e uma boa tarde-noite para o senhor". Gostaria que todos fossem enclausurados num quarto hermeticamente fechado, com o chão encharcado de tíner e alvejante pra cheirar até jorrar sangue do nariz e ouvidos.
Cliente Caipira - São aqueles pobres diabos que vêm ao Angeloni [na cidade grande] pela primeira vez [oriundos de Gaspar e Ilhota, geralmente]. Eles perguntam aonde estão as coisas no mercado, têm MEDO da esteira rolante ou ficam brincando pateticamente com ela, sentem-se ofendidos quando você solicita o cartão Angeloni ["maz eu kero pagá em dinhero!" - "senhor, o cartão é só para pontuar as compras" - "bahhh esses ponto não valem de nada"], têm centenas de crias ranhentas e pedem "sacola reforçada porque vão andar 6 quilômetro a pé". Desses, sinto pena, apesar de várias vezes me levarem à exasperação. Gostaria que todos voltassem pra roça e continuassem a fazer compras na quitanda.
Cliente Noob - Aquele que não sabe de nada. Pergunta se as verduras são pesadas no caixa, pergunta o dia da fatura do cartão, pergunta como é que se usa o cartão, pergunta pra quantos dias fica o cheque, pergunta se não tem ninguém pra ajudar a ensacolar, pergunta até que horas fica aberto, pergunta como se pronuncia meu nome, enfim, é um PORRE. Gostaria que todos ficassem de lado ou perambulando pelo mercado, olhando as pessoas normais e espertas fazerem compras, pra ver se aprendem alguma coisa.
Cliente Autista - Estaciona o carrinho, mas antes pergunta se o caixa vai fechar [mesmo que eu esteja com a luz acesa, portão aberto e sentado no caixa com a cara mais óbvia de venham-a-mim-clientes-amados. Não responde ao boa-tarde/noite. Joga o cartão na esteira. Coloca os produtos todos amontoados. Ensacola-os todos antes de efetuar o pagamento, seguindo um padrão absurdo conhecido apenas por ele mesmo ["não não, esse leite de coco não pode ir junto com o molho de tomate. é melhor aqui com a ração do cachorro"]. Na hora de pagar, usa cartão de débito e cobre o teclado com as mãos para que NINGUÉM veja sua senha. Confere a nota fiscal ITEM POR ITEM, soma o valor, conforma-se e vai embora sem responder ao meu "obrigado e uma boa tarde-noite para o senhor". Gostaria que todos fossem enclausurados num quarto hermeticamente fechado, com o chão encharcado de tíner e alvejante pra cheirar até jorrar sangue do nariz e ouvidos.
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chicoerrante disse...
Primeiro!
uahuahauhuahuha
Putz, cara, foi assim que eu te conheci, pelo teu flog, que a Amanda me mostrava eras atrás e eu me rachava de rir!
Tu continua engraçado, mano preto brôu!
Abrassss
15 de abril de 2009 às 07:01
Unknown disse...
SIMSIMSIM
seu preto desgraçado, há dois anos atrás mostrei com muito orgulho o fotolog do cara que eu amo para o cara que eu amo.
15 de abril de 2009 às 20:43