Queridos Clientes - Parte 2

Parte 1


Cliente Possessivo Psicótico - Esse tipo provoca uma raiva estranha, daquelas que dá vontade de esbofetear alguém gritando "PÁRA DE SER BURRO, SUA ANTA!". Ele coloca as coisas na esteira enquanto eu acabo de passar as últimas coisas do outro cliente. A esteira faz o que é inerente a toda esteira, ou seja, ela ANDA. SE MEXE. Traz as compras pra perto de mim [ounn venha a mim, querido frango congelado]. O que é que esse acéfalo faz? AGARRA A PORRA DAS COMPRAS como se eu fosse atirá-las no chão e cuspir em cima praguejando. Fica colocando os pacotes pra trás, inutilmente porque a esteira puxa tudo de volta NO MESMO INSTANTE. Cara, é simplesmente enlouquecedor ver alguém agindo dessa forma. É como ver alguém fazendo um castelo na parte de areia dura e molhada, aí vem uma onda a cada 10 segundos e desmancha, e a pessoa faz de volta e GAHRGRAHGGAHR. Ou então, fica com aquela cara de desconfiado/brabo, com uma mãozona entre as compras do outro cliente e as suas, e histericamente avisa que "ESSE ARROZ AQUI JÁ É MEU, MOÇO! Õ__Ó". Gostaria que todos fossem levados pra um campo de concentração na Sibéria e forçados a secar gelo com flanelas até o fim da vida. E estuprados também porque eles me dão muita, mas muita raiva. Argh.


Cliente Rebelde - O mercado é seu pior inimigo. Ele procura incansavelmente produtos com preço não-declarado na gôndola, ou produtos com dois preços diferentes, porque "é direito dele pagar o mais barato não importa qual seja o preço no código de barras". Tudo é direito dele, aliás. Provavelmente pensa que ir ao mercado e tocar o terror lá dentro é um direito assegurado por lei. Ele pede mais sacolas porque "está pagando e pode pegar quantas quiser". Ele faz questão de entregar o cheque sem assinar, na ânsia doentia de que algum operador inexperiente peça pra assinar antes de preencher. Aí ele se erguerá e vociferará "EU SÓ ASSINO DEPOIS DE PREENCHIDO!", como se fizesse qualquer diferença, vai ter que assinar mesmo. A não ser que ele imagine que eu vá pegar o cheque em branco assinado e sair correndo do meu caixa, ali no meio do mercado mesmo, pra gastar tudo no shopping. Só de lembrar desse tipo de situação, aqui enquanto escrevo, começo a babar de raiva incontrolavelmente. Gostaria que todos fossem submetidos a trinta e seis dias de trabalho no Angeloni, num caixa especial, que atenderia apenas ex-operadores de caixa [a fins de vingança, mwehehe] e quaisquer pessoas que tivessem algum tipo de direito a reivindicar. Olho por olho, dente por dente, a melhor justiça que existe.

Cliente Gozadão - Esse é o que acorda, dá um beijinho de bom-dia no Bozo e vai pro mercado. São os grandes comediantes que fazem do nosso dia algo muito mais risível, com piadas do tipo "ah já sei! sua mãe tava vendo sessão da tarde, e te colocou esse nome! :D" ou "você é primo do Bryan Adams? :DD" ou "que caro esse pão hein! é de ouro? :DDD" ou ainda "esse chuchu tá barato pra chuchu! [jesus me ajude, até isso já me falaram] :DDDDD" Pois então, no caixa infelizmente me é vetada a opção de resposta, mas aqui eu escrevo o que quero, então eu responderia mais ou menos assim: "Bryan era o personagem de um livro que meu pai gostava. Se dependesse da Sessão da Tarde eu me chamaria Daniel-san ou Didi Mocó. Sai daqui de uma vez José, inveja é feio ;D" ou "se todos os primos tivessem nomes iguais, o mundo inteiro se chamaria Abraão e Samira, ou qualquer merda assim" ou "o pão não é de ouro, você que é favelado mesmo ;x" ou ainda "meu, essa do chuchu foi tão ruim que eu nem sei o que responder. sai logo daqui, nem precisa pagar, só vai embora". Quem me dera poder responder.

1 comentários:

"o pão não é de ouro, você que é favelado mesmo" HAHAHAHAHA euri. mas olha, trabalhar com o público pe uma coisa miseravel mesmo. nãogosto. :/

16 de abril de 2009 às 12:36