Parte 1
Parte 2
Cliente Amo-Big-Mas-Venho-Aqui
Auto-explicativo. Causam uma vontade incontrolável de empanar o próprio órgão sexual em areia e pó de vidro pra comer o CU dos miseráveis. Se no Big é mais barato, se a sacola lá é melhor, se os caixas são mais educados, se o sistema lá é mais rápido, se as verduras são mais bonitas, se o estacionamento é melhor, então o que diabos você está fazendo no Angeloni, pederasta dos infernos?/!1/!?!? Atravessa a porra dessa rua e vai pro Big! Imbecil! Mas atravessa de olhos fechados e a passos lentos, pra ver se uma Kombi encerra essa tua existência patética.
Cliente Estrangeiro
Esse divide-se em dois tipos: o de verdade e o por acidente. Os de verdade costumam vir do Uruguai, Chile ou Argentina [embora ontem eu tenho atendido uma italiana que falava "va bene"], gastam bastante, se batem pra contar as notas e sempre levam de presente um desajeitado "gracias, buenas noches" meu. Os estrangeiros por acidente são cidadãos genuinamente brasileiros, que por desgraça divina nasceram sem a capacidade de exprimir palavras coerentes e audíveis. Pode ser um dom também, porque muitas vezes eu gostaria de não saber falar, pra não ter que dizer coisas desgradáveis dos outros. Mas eles entram no rol porque geram estresse quando eu pergunto "crédito ou débito?", recebo um "grwargh" como resposta, passo no crédito e tenho que cancelar o cupom porque grwargh, na língua dele, significa débito.
Cliente Oi, seu Tim tá Vivo? Claro!
Coloco aqui não por serem irritantes [embora alguns sejam], mas por serem uma espécie curiosa e bizarra. Eles vêm empurrando o carrinho ou carregando a cestinha com uma mão, e na outra o celular, colado na orelha. E aí começa o talk show on mute. Eu faço gestos que na língua corporal universal significam "boa tarde, tem cartão Angeloni, senhor(a)?", e eles fazem caretas engraçadas e me dão o cartão. Colocam umas coisas na esteira, páram pq se empolgam com a conversa, voltam a colocar, eu acabo de passar tudo e fico olhando pro cliente, pra tela aonde está o valor total da compra e pro cliente de volta. Essa parte é meio desesperadora, ele atrapalha-se pra abrir a carteira e falar ao mesmo tempo, e normalmente acaba jogando um bolo de notas ou um cartão. E voltamos ao dilema da criação: crédito ou débito? Eu escrevo em um papel "cred deb" e mostro a ele. Ele emudece por um instante ao telefone, obviamente impressionado com minha sagacidade, e faz um xis ou aponta a opção escolhida. Nem todo método é perfeito: um dos clientes pegou o papel, a caneta e ficou fazendo vários círculos em volta do "deb". Não o culpo, rabiscar enquanto fala ao telefone é algo que todo mundo já fez. Coloco tudo nas sacolas e eles se despedem com um joinha aliviado e um meio sorriso. Eu joinho de volta né, fazer o quê.
Parte 2
Cliente Amo-Big-Mas-Venho-Aqui
Auto-explicativo. Causam uma vontade incontrolável de empanar o próprio órgão sexual em areia e pó de vidro pra comer o CU dos miseráveis. Se no Big é mais barato, se a sacola lá é melhor, se os caixas são mais educados, se o sistema lá é mais rápido, se as verduras são mais bonitas, se o estacionamento é melhor, então o que diabos você está fazendo no Angeloni, pederasta dos infernos?/!1/!?!? Atravessa a porra dessa rua e vai pro Big! Imbecil! Mas atravessa de olhos fechados e a passos lentos, pra ver se uma Kombi encerra essa tua existência patética.
Cliente Estrangeiro
Esse divide-se em dois tipos: o de verdade e o por acidente. Os de verdade costumam vir do Uruguai, Chile ou Argentina [embora ontem eu tenho atendido uma italiana que falava "va bene"], gastam bastante, se batem pra contar as notas e sempre levam de presente um desajeitado "gracias, buenas noches" meu. Os estrangeiros por acidente são cidadãos genuinamente brasileiros, que por desgraça divina nasceram sem a capacidade de exprimir palavras coerentes e audíveis. Pode ser um dom também, porque muitas vezes eu gostaria de não saber falar, pra não ter que dizer coisas desgradáveis dos outros. Mas eles entram no rol porque geram estresse quando eu pergunto "crédito ou débito?", recebo um "grwargh" como resposta, passo no crédito e tenho que cancelar o cupom porque grwargh, na língua dele, significa débito.
Cliente Oi, seu Tim tá Vivo? Claro!
Coloco aqui não por serem irritantes [embora alguns sejam], mas por serem uma espécie curiosa e bizarra. Eles vêm empurrando o carrinho ou carregando a cestinha com uma mão, e na outra o celular, colado na orelha. E aí começa o talk show on mute. Eu faço gestos que na língua corporal universal significam "boa tarde, tem cartão Angeloni, senhor(a)?", e eles fazem caretas engraçadas e me dão o cartão. Colocam umas coisas na esteira, páram pq se empolgam com a conversa, voltam a colocar, eu acabo de passar tudo e fico olhando pro cliente, pra tela aonde está o valor total da compra e pro cliente de volta. Essa parte é meio desesperadora, ele atrapalha-se pra abrir a carteira e falar ao mesmo tempo, e normalmente acaba jogando um bolo de notas ou um cartão. E voltamos ao dilema da criação: crédito ou débito? Eu escrevo em um papel "cred deb" e mostro a ele. Ele emudece por um instante ao telefone, obviamente impressionado com minha sagacidade, e faz um xis ou aponta a opção escolhida. Nem todo método é perfeito: um dos clientes pegou o papel, a caneta e ficou fazendo vários círculos em volta do "deb". Não o culpo, rabiscar enquanto fala ao telefone é algo que todo mundo já fez. Coloco tudo nas sacolas e eles se despedem com um joinha aliviado e um meio sorriso. Eu joinho de volta né, fazer o quê.
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Mariane disse...
Nossa eu lembro quando eu li isso lááááá nos tempos remotos de 2006.
Li e me diverti horrores e hoje, novamente, li e me diverti horrores.
Com todo o teu blog na verdade.
=**
18 de abril de 2009 às 18:45