CARALHOCARALHOCARALHOCARALHOCARALHO. Hoje eu tive o sonho, sem dúvidas, mais pirado de todinha a minha vida. Pelo post anterior dá pra sacar como foi a noite de ontem, mas a madrugada foi out of this world. Acordei ainda bêbado de sono e sob a impressão do sonho, catei o celular e contei tudinho pra ele no gravador de voz. Tá aqui a transcrição exata do que eu disse, ficou grande mas paciência! Eu não consigo tirar uma sílaba disso aí, quem não quiser não lê:




Oi. Então, eu era uma espécie de... de... manager assim sabe, um homem de negócios. Existiam outros. E-eu não sei que negócios eram esses, mas a gente andava nos corredores. À espreita. Sempre nos corredores, à espreita. Existiam muitos outros, iguais a mim. Mas um dia, eu descobri que tinha um mundo... em cima do nosso. Enquanto a gente perambulava pelos corredores, mal sabia a gente que tinha um túnel, que levava pra cima! Um poço. Chegando em cima, era muito estranho. Porque lá de cima, havia uma ilusão de ótica. Que alguns viam, e alguns não. Se você via, ficava muuuito assustador descer. Parecia que você estava se jogando num poço infinito. Se você não via a ilusão de ótica, você conseguia pular tranqüilo, e voltar lá pra baixo. Pra ser um homem de negócios. Lá embaixo. E lá em cima tinha uma pira meio loca, meio religiosa. Pra você pular assim nesse “poção” assim em volta, era como se fosse um desfiladeiro assim. E ao longo desse desfiladeiro tinham montanhas, era uma coisa árida... E no meio dessas montanhas tinha... O Olho, do Inferno. Era O Olho do Inferno mesmo. Parecia o Olho de Sauron. E eu tinha alguns comparsas assim, umas pessoas que... eu tinha comparsas em cima e embaixo, mas aparentemente eu era o único que sabia que existia em cima, e embaixo. E... a gente de vez em quando cometia heresias, e subia e descia sem poder fazer isso, mas era... mas era... como é que eu posso dizer, era escondido, ninguém podia descobrir que a gente cometia heresias. Mas um dia um cara, descobriu. E foi muito foda, ele pegou a gente sendo herege na cara mais dura. E... na hora de pular no poço, eu precisava escapar, mas... a ilusão de ótica me enganou. E em vez de pular no poço, eu acabei pulando e caindo di-re-ta-mente no Olho do Inferno. É. No Olho do Inferno. Antes de atingir o Olho do Inferno, eu fui perfurado por um projétil de fogo, e eu morri. Assim que eu morri, eu fui transportado p-pro círculo de tortura do Inferno. Era como se fosse um lugar cercado assim, onde tinham várias pessoas crucificadas, e a gente era meio que... A gente, sofria bastante ali. Não lembro como. Eu fiquei um tempo nesse local. Era meu castigo por ter caído no Olho do Inferno. Mas... depois eu fui levado pro outro local, que era mais susse. Era uma roda assim, onde ficava eu e mais uma galera estaile, e a gente batia um papo e talz. Mas... em turnos, a gente sofria a própria morte, de novo... Ou a gente sofria alguma coisa relacionada com a nossa morte. E a gente sofria várias vezes, tipo umas sete vezes. Então tava eu e a galera na roda, e de repente... Um da roda, começava a sofrer a morte dele de novo, e de novo, e de novo, e de novo, ali onde a gente tava, e de repente parava... e ia pro próximo, e depois pro próximo, e depois pro próximo. Na hora de sofrer a minha morte, eu não caía de novo direto no Olho do Inferno, era como se eu fosse atingido pelo projétil flamejante mesmo. Mas... não não, não era não. Na hora de sofrer a minha morte, eu começava a expirar uma fumaça vermelha assim. Ela começava a sair da minha boca, eu me afogava nela, e morria! E assim a gente ficou ali durante um dia inteiro, a gente trocava... a gente trocou experiências de vida assim, contou um pouquinho de umas coisas pros outros, mas... de-p-pois de um minuto, cada um sofria tudo isso, de novo. Sete vezes. E... pelo que parece o Inferno tem um expediente assim! Tem horário de visita, tudo mais. Enquanto eu tava lá, veio a galera do meu ônibus da faculdade verificar “meu deus, quer dizer que eu tinha morrido então...” Ficaram ali me olhando, fizeram algumas perguntas, aí eu mostrei todo empolgado pra eles “querem ver como é que a minha morte se repete? olha só ta chegando” e daí chegou, ela se repetiu, e eu mostrei pra todo mundo. Então, lembra que eu falei que tinha expediente? Basicamente ele chegou no fim, e era hora de... dormir, no Inferno. Chegou. De sofrer. Chega de sofrer! Era hora de... relaxar! Aí eu fui... pra casa. Mas era uma casa diferente assim, tinha uma sala muito loca na minha sala. Ai tinha uns colchões no chão e eu decidi, vou ficar no colchão! Nessa sala também tinha um bicho, ele era uma espécie de roedor, ele tava entre uma doninha e um esquilo assim. Mas nessa mesma sala habitava uma lagosta, e um outro bicho bem feroz, não lembro qual, e esses bichos começaram a brigar entre si. Porque eu coloquei eles pra brigar! Haha! Eu queria tirar uma foto deles juntos, tipo amiguinhos pro Flogão, mas não deu muito certo porque eles começaram a brigar. Eee... a lagosta, ficou brigando com o bicho malvadão, mas eles eram pequenos, não me ofereciam perigo, se eu não ficasse no caminho, né. E a doninha enquanto isso ficava bem esperta, andando pela sala, fugindo da galera, e os outros pareciam meio cegos, sei lá, eles ficavam brigando entre si mas nunca achavam a doninha. E daí nisso eu consegui tipo, eu apagava a luz de vez em quando, acendia de vez em quando, e eu consegui descansar! Aí meio que dormi, acordei no outro dia e pensei “pô, não é tão ruim assim morrer né, se eu posso sofrer lá bastante durante o dia mas posso descansar de noite”, e eu tinha descansado bastante até. E o sofrimento do Inferno também nem era tão grande. Mas o poço do Inferno era muito grande, aquele que a gente tinha que pular. Sério. Era muito triste porque eu sempre enxergava através da ilusão de ótica e sempre tinha medo na hora de voltar, e tinha gente que era sortuda e não, só pulava e... mandava bala. É isso!





Conclusões que eu tirei agora de manhã:

- Não haviam demônios no sonho. Capeta, diabo, nada. Só o Inferno mesmo.
- Eu uso muito a palavra "assim" quando descrevo algo. Preciso parar.
- Chester é muito melhor que presunto, não sei por que as pessoas criam porcos ainda.
- A expressão "dois coelhos com uma cajadada só" é engraçada! Alguém já viu uma pessoa matar um coelho que seja com um CAJADO? Imagina dois coelhos, wtf!

3 comentários:

como já te disse
eu faria um livro com muitas coisas do teu sonho. PIRA LOUCA *-*

12 de maio de 2009 às 20:10  

uau! será que eu posso escutar o relato?
considerações: o que eu achei mais interessante nisso tudo é que meus sonhos têm uma formatação muito parecida no seguinte sentido:
-são atemporais. ãs vezes sonho sete anos de vida em uma noite. e parece que vivi cada segundo desse tempo todo.
-o mundo é confuso. sonho com mesmos lugares, mesmas salas, mas diferente. sei que estou no lugar x, mas ele é totalmente diferente do real. mas eu sei que é aquele lugar.
coisa engraçada: meus sonhos místicos geralmente envolvem o número sete. o olho do inferno me fez pensar diretamente em senhor dos anéis.

foi uma pira bem louca hein? uma noite lotada de semióticas.

13 de maio de 2009 às 09:28  

sim, meu trauma passou e voltei a usar o computador na minha vida.

13 de maio de 2009 às 09:29