Estava eu aqui ouvindo os áudios de uma noite muita louca que eu passei com o Gu, o Lucas e a Lary, e os arquivos estão nomeados como Noite Kooks com Morango. Kooks eu lembro, mas morango? Gu, dai-me uma luz aqui ok! Ah, devo explicar também essa história de "áudios de uma noite" né? Então, quando o papo tá muito bom ou a galera tá muito sob a influência de bebida e outras coisas, eu costumo sorrateiramente ligar o celular e deixar ele gravando as conversas, para garantir que os lolz não se percam na ressaca do dia seguinte. Nesse dia a gente debateu um tópico muito interessante, uma pira que convencionamos chamar de máscaras.

Nessa pira, discutimos sobre como cada pessoa tem máscaras diferentes pra lugares, ocasiões e pessoas diferentes, e isso nos levou a muita conspiração e paranóia! Por exemplo: eu sou eu, Bryan. Mas o Bryan se comporta de um jeito "x" na frente dos meus avós. De um jeito "y" na frente da minha mãe, de um jeito "z" na frente de estranhos e por aí vai. Eu ouso dizer que eu tenho um jeito pra cada amigo meu, uma máscara diferente pra cada um. E eu digo que todas as pessoas têm isso, em níveis de complexidade diferentes: uns tem um leque maior de máscaras, outros menor. Isso é um fato, conhecido por todos porém não muito discutido, ele roda ali no background. Eu costumo aplicar máscaras de acordo com meu tato social, que é bastante apurado, pra escolher a coisa certa a se dizer para a pessoa que está ali, e chego até a combinar máscaras para interações com mais pessoas.

Mas e agora? Não dá uma sensação de desconforto, não saber com quem realmente você está falando? Depois de discutir isso ficamos pensando na grande mentira que é tudo, e como a gente não conhece e nunca vai conhecer completamente as pessoas. Pare pra pensar: e se esse blog é só mais uma, e na verdade eu que vos escrevo sou secretamente membro de um clube de chá? Ou faço parte de um experimento científico, nada viajão estilo NASA assim, uma pesquisa de psicologia da UFSC por exemplo? Como nessa vida a gente só pode falar por si mesmo, fica aí um fato meu: existem coisas sobre mim que ninguém nem sonha, coisas que eu nunca vou contar nem ao mais confiável confidente, e eu adoro a sensação de saber disso. E fico meio desconcertado quando encontro gente que diz "mas você sabe tudo sobre mim! sério mesmo, tudinho!" Hummm, será mesmo? Isso pra mim é uma máscara hein, daquelas bem safadas.

1 comentários:

adorei, vamos beber e discorrer sobre isso ok

29 de abril de 2009 às 19:08