Queridos clientes - parte 4

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Parte 2
Parte 3



Cliente No Limite

Bastante irritante no geral, essa espécie de comprador chega ao caixa e anuncia tolamente: "moço, não pode passar de trinta reais". Minha língua e lábios movimentam-se rapidamente para articular a frase "E eu com isso? Vai tomar no meio do teu cu =]", mas são contidos pela moral e bons costumes arraigados na minha educação. E aí começa a palhaçada. Essa gilete vai, essa mandioca não vai, será que com esse açucareiro passa de trinta? Sem falar que essa estirpe [que por sinal, não vingará, e isso é uma piada semi-interna] costuma vir armada das mais bisófilas e morféticas formas de pagamento, estilo "olha moço tu passa dezesseis reais no cartão de débito, cinco no ticket alimentação e o resto te dou em moedinha que eu tenho aqui". Wtf mesmo...

Cliente Beesha

Ai querida, joga mais purpurina porque ele chegou. Chamar todos de beesha tem seu lado preconceituoso, porque no meu caixa já passou bichona louca, gay, homossexual, biba e outras categorias afrescalhadas. A bichona louca compra comida e bebida pra fazer fextinha, é escandalosa e tosca. O gay é a bicha chique, que faz-se notar pela voz ligeiramente afeminada e aparência. Normalmente tá acompanhado [de um amigo, LÓGICO]. Pra falar a verdade, o número de casais gays me supreende na verdade: passa pelo menos um por semana. Eles compram coisas abertamente viadas, como um casal que comprou um jarrão de creme de massagem, TRÊS bisnagas de lubrificante e diversas camisinhas, texturizadas e agradáveis ao paladar. E uma garrafa de vinho pra desbaratinar. O homossexual é o enclausurado, que não saiu do armário mas transparece em alguns trejeitos [eu owno linguagem corporal, por isso eu sei. procure não se mexer muito perto de mim porque vou ler suas emoções e pensamentos através de seus gestos e postura, e chantageá-lo pra obter dinheiro] que entregam sua boiolice. Ele compra... sei lá o que ele compra. Chega de falar desses putos também.

Cliente Criança Burra

Curto e grosso esse porque nem tem muito o que falar. São aqueles filhotes de cruz-credo que vêm encher o saco sozinhos ou acompanhados dos pais. Apertam botão que não pode, perguntam de tudo, derrubam comida, fedem, choram, enfim, existem e atrapalham de qualquer forma. Tem criança que cisma em me entregar, na mão, cada item da comprinha do papai. Minha velocidade de atendimento cai de 3 itens por segundo pra 5 itens por minuto, o pai faz cara feia pra mim por ser lerdo e manda beijinho pra criança mongolóide, e eu imagino em silêncio os dois sendo abusados sexualmente por uma família de gorilas no cio. Pior foi uma antinha que uma vez chegou no meu caixa e largou um bombom. Aí eu "tu quer esse bombom? =D [ainda sendo simpático]". Ela "uhum :3" Aí eu passei o bombom. Beep. "Quarenta e quatro centavos." "Ah, mas eu não tenho dinheiro! \o\ *sai correndo*". E me deixa ali, com o bombom na mão. Antes fosse uma granada.

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